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Water Production Connections

Perfil da Pesquisadora: Jill Caviglia-Harris

Editada por Cassie Sevigny


O projeto Conexões entre Água e Produção Rural (CAP) investiga se e quais agricultores adaptam seus sistemas de produção quando experimentam mudanças nas chuvas, quais adaptações fazem e se essas adaptações reduzem as perdas de renda esperadas quando ocorre a seca. A melhor compreensão dessas respostas informará os esforços das agências governamentais e da sociedade civil para ajudar os agricultores a se ajustarem às mudanças na disponibilidade de água. Este perfil é baseado em uma entrevista com a Co-Investigadora Principal Jill Caviglia-Harris, editada para extensão.




Por que e como você se envolveu neste projeto?

Este projeto começou como meu trabalho de tese em 1996. Entrevistei agricultores de seis municípios da grande região de Ouro Preto do Oeste sobre o uso de métodos agrícolas sustentáveis ​​e (entre outras coisas) estimei a probabilidade de os agricultores adotarem esses métodos. Desde então, adicionamos diferentes membros da equipe e disciplinas ao grupo. A natureza interdisciplinar do projeto é sua força: as perspectivas de pessoas de diferentes origens e culturas aumentam a criatividade de nossas abordagens, enquanto a gama de disciplinas aumenta a qualidade do trabalho que fazemos.


Qual é a sua parte favorita de estar no campo?

Eu gosto da fisicalidade e das pessoas do trabalho de campo. Gosto de acordar cedo, visitar fazendas, perambular pela Amazônia aberta e ver o que está acontecendo; como as coisas mudaram e não mudaram. Gosto de conversar com os fazendeiros, aprender sobre suas vidas, esperanças e lutas. Também gosto de trabalhar com os alunos que estão conosco na Amazônia pela primeira vez e com os alunos brasileiros que contratamos para conduzir nossas pesquisas. Gosto de ver o quanto eles aprendem com o processo, como os dados são reunidos em tempo real, e não me importo com o caos que acontece ao trabalhar com tantas pessoas em um projeto tão audacioso. Grande parte da minha carreira é passada atrás de telas, executando análises de dados, escrevendo artigos e respondendo e-mails. O trabalho de campo dá todo esse propósito.


Qual tem sido o maior desafio de realizar pesquisas?

O maior desafio do projeto atual: reunir os dados e colocá-los em um formato que possamos usar. Coletamos mais de 4.000 informações diferentes a partir de nossos questionários de mais de 1 hora. Antes de usarmos essas informações, temos que editar, limpar e organizar os dados e criar variáveis. Também precisamos criar metadados (definições de variáveis, nomes de variáveis, etc.) em diferentes formatos que os diversos membros da equipe possam usar e compartilhar.


O que você aprendeu ao participar deste projeto?

A descoberta de pesquisa mais importante que aprendi até agora (para o trabalho que Fernando está liderando) é que as chuvas em nossa região são afetadas mais pelas florestas fora de Rondônia do que dentro. E embora Rondônia esteja se desenvolvendo rapidamente, aprendi que a cultura e as pessoas são tão incríveis como quando comecei este trabalho. A cultura de intenção positiva do Brasil vale a pena imitar. Pessoas e relacionamentos são colocados acima de tudo.


Por que você acha que este projeto é importante?

Nossas descobertas serão inovadoras: somos a única equipe que pode combinar um painel doméstico cobrindo um período de 23 anos com dados GIS, hidrológicos e climáticos para aprender mais sobre o impacto do desmatamento no ciclo hidrológico e o impacto dessas mudanças no bem-estar humano. Os resultados informarão a política amazônica por muitos anos. Mais importante é o impacto que teremos sobre nossos colaboradores no Brasil e o impacto que eles terão na elevação de nossos resultados. Estamos investindo uma grande quantidade de recursos na orientação e treinamento de alunos da região que, temos certeza, se tornarão importantes pesquisadores brasileiros do futuro.


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