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Water Production Connections

Perfil do Pesquisador: Thais Santiago

Editado por Cassie Sevigny

Thais usando um chapéu de sol, camisa branca com o logotipo CAP, braço apoiado em um poste de madeira, parada em frente a uma paisagem de floresta mista / pastagem e um pequeno rebanho de gado branco em um dia claro de sol.

O projeto Conexões entre Água e Produção Rural (CAP) investiga se e quais agricultores adaptam seus sistemas de produção quando experimentam a variabilidade da água, quais adaptações eles fazem e se essas adaptações reduzem as perdas de renda quando ocorrem secas. Uma melhor compreensão desses feedbacks informará os esforços das agências governamentais e da sociedade civil para ajudar os agricultores a responder à escassez de água. Este perfil é baseado em uma entrevista com a pesquisadora de pós-doutorado Thais Santiago.

Por que e como você se envolveu neste projeto?

Trabalhei com a professora Jill Caviglia-Harris durante meu doutorado. Investigamos os impactos da lei da vegetação nativa do Brasil (também conhecida como Código Florestal) nas decisões de uso da terra de agricultores em Rondônia. Em seguida, ela me convidou para integrar a equipe que traçou o projeto Conexões entre Água e Produção Rural. Foi uma grande oportunidade de aprender e colaborar em uma equipe multidisciplinar que se fortalece a partir de diferentes perspectivas e do modelo de liderança coletiva. Eu também estava animada para me envolver com diferentes partes interessadas para produzir evidências científicas para as comunidades rurais do meu país.

Qual é a sua parte favorita de estar no campo?

Minha parte favorita é vivenciar o intercâmbio cultural entre pessoas de diferentes realidades. Muitas vezes neste projeto em particular, fui a ponte entre os brasileiros e os americanos e fiquei encantada com a surpresa e curiosidade de ambas as partes. Foi muito interessante observar as impressões uns dos outros e os olhos brilhando quando, por exemplo, norte-americanos descobriram uma fruta tropical ou quando estudantes de Rondônia se sentiram parte de um time internacional. Todo esse processo me ensinou muito e me fez sentir realizada como pesquisadora.

Qual tem sido o maior desafio de fazer pesquisa?

Acho que temos dois grandes desafios: 1) ter os dados da pesquisa - resultantes de longas entrevistas com cerca de 1400 agricultores - limpos, organizados e integrados às rodadas de pesquisa anteriores em um formato que possamos usar e compartilhar; e 2) criar um sistema de conduíte estruturado e bidirecional para fornecer resultados de pesquisa úteis para as partes interessadas locais e obter feedback deles. Essa é a nossa visão como equipe de pesquisa e uma parte importante do nosso projeto que precisa avançar.

O que você aprendeu ao participar deste projeto?

Aprendi muito sobre o poder de ter múltiplas perspectivas alinhadas para resolver problemas complexos, especialmente aqueles que envolvem sustentabilidade ambiental. Este trabalho colaborativo requer escuta ativa, empatia e um esforço deliberado para construir confiança. A participação neste projeto me ensinou sobre uma abordagem de liderança coletiva que compartilha responsabilidades e valoriza diferentes conhecimentos. Certamente é algo que pretendo levar para minha vida e carreira profissional.

Por que você acha que este projeto é importante?

Desde a sua concepção, este projeto tem procurado integrar os formuladores de políticas locais, agricultores e estudantes para atender a suas demandas e interesses. Portanto, tem o potencial de gerar evidências científicas úteis, capazes de melhorar a vida das pessoas em nossas regiões de estudo. A importância do projeto também reside no fato de termos um painel de dados que integra as informações dos produtores rurais coletadas em 1996, 2000, 2005, 2009 e 2019 combinadas com dados de geoprocessamento e clima e hidrologia. Isso forma um banco de dados extenso e multidisciplinar que nos permite entender melhor os feedbacks entre o uso da terra, a água e o bem-estar na Amazônia brasileira.

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